Saúde

Cuidando da saúde ocular dos pequenos

O Projeto VI-Vendo, uma das vertentes do Programa UCPel Mais Saudável, propõe a capacitação de profissionais para identificar problemas de visão em crianças de cinco a 14 anos

Paulo Rossi -

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 19 milhões de crianças menores de 15 anos têm problemas visuais. A fim de proporcionar um diagnóstico ainda na infância, o Projeto Vi-Vendo promove a capacitação de profissionais das áreas da saúde e da educação, das redes municipal e estadual, para que possam realizar testes de acuidade visual através da Escala de Snellen, utilizada em consultórios oftalmológicos. Para que as ações - promovidas há três décadas - continuem acontecendo, os responsáveis estão buscando parcerias e pessoas interessadas em se capacitar e ajudar os pequenos de cinco a 14 anos a cuidarem de sua saúde.

O projeto faz parte do Programa UCPel Mais Saudável, da Universidade Católica de Pelotas, e tem como idealizador o médico Roni Quevedo. Ele explica que nessa faixa etária, entre cinco e 14 anos, é mais fácil corrigir problemas de visão. Por isso, é preciso que haja o diagnóstico da deficiência na sua fase inicial. Deficiências graves, cegueira e até mesmo tumores podem ser identificados e revertidos através da realização do teste. A correção pode ser essencial para que o desempenho escolar e o convívio social das crianças melhorem.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) publicou em sua revista um parecer a respeito do Vi-Vendo, afirmando que "o projeto tem um cunho social relevante e que por meio desse teste é possível prevenir que deficientes visuais sejam encaminhados posteriormente aos oftalmologistas (...) para prevenir a saúde visual da população infantil da cidade Pelotas, evitando deficientes visuais ou cegueiras definitivas, pois sabemos que o tratamento precoce previne futuros deficientes visuais".

O teste
O teste precisa ser feito em um local onde não haja reflexo de luz. A tabela deve estar fixada há cinco metros de distância do paciente, em um fundo branco. O recomendável é que seja realizado de forma individual, para evitar nervosismo nos pequenos. Cobrindo um olho, o lado esquerdo é o primeiro a ser testado. Tudo isso, se for feito de forma correta, demora cerca de quatro minutos. Informações como nome e contato dos pais são colhidas.

Se houve alguma alteração nos exames, um encaminhamento formal é realizado à Escola Louis Braille, parceira do projeto. Dois oftalmologistas estão disponíveis para atender as crianças e analisar os resultados dos testes, de forma a definir o que deve ser feito para corrigir as deficiências; até mesmo óculos são dados. "Não tem problema de encaminhar para lá", ressalta Quevedo. Isso porque a instituição se mantém com a verba encaminhada pelo governo. É um serviço gratuito que precisa de usuários, assim como o Projeto Vi-Vendo precisa de mais pessoas interessadas em se capacitar e ajudar.

Como participar
O processo de capacitação é bem simples. É explicado aos profissionais como funciona a Escala de Snellen e como ela deve ser aplicada. Em no máximo duas horas, eles já estão capacitados para fazer o teste nos jovens. Todos ganham um tabela de Snellen e um tapa olho, essenciais na hora da aplicação da avaliação visual. Quem se interessar deve entrar em contato através dos telefones (53) 2128-8067/2128-8004, ou enviar um e-mail para o médico Roni Quevedo ([email protected]). As datas e locais serão marcados conforme o número de interessados. Aos inscritos serão solicitados dois quilos de alimento não perecível.

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